Existem várias ferramentas de automação de testes, mas é improvável que uma única ferramenta seja capaz de automatizar
todas as tarefas de teste, a maioria das ferramentas têm o foco em uma tarefa ou um grupo de tarefas específico e
algumas abordam somente um aspecto de uma tarefa.
Ao avaliar ferramentas diferentes para a automação de teste, é importante saber o tipo de ferramenta que você está
avaliando, as limitações da ferramenta e quais tarefas a ferramenta aborda e automatiza. Frequentemente as ferramentas
de teste são avaliadas e adquiridas com nas seguintes categorias:
Função: As ferramentas de teste podem ser categorizadas pelas funções desempenhadas. As designações de funções
comuns para ferramentas são:
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Ferramentas de aquisição de dados que adquirem dados a serem utilizados nas tarefas de teste. Os dados podem ser
adquiridos por conversão, extração, transformação ou captura de dados existente ou por geração de casos de uso ou
especificações suplementares.
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Ferramentas de medida estática que analisam as informações contidas nos modelos de design, código fonte ou outras
origens fixas. A análise produz informações sobre os fluxos de lógica, de dados ou da métrica de qualidade como
complexidade, manutenção ou linhas de código.
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Ferramentas de medida dinâmica que realizam uma análise durante a execução do código. As medidas incluem a operação
do tempo de execução do código como a memória, detecção de erros e desempenho.
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Simuladores ou drivers que desempenham tarefas que, por razões de cronometragem, despesa ou segurança, não estão
disponíveis para as finalidades de teste.
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Ferramentas de gerenciamento de teste que auxiliam no planejamento, design, implementação, execução, avaliação e
gerenciamento das tarefas de teste ou dos produtos de trabalho.
Caixa Branca vs. Caixa Preta
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As ferramentas de teste são caracterizadas como caixa branca ou caixa preta com base na maneira em que as
ferramentas são utilizadas ou a tecnologia e conhecimento necessários para utilizar as ferramentas.
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Ferramentas de caixa branca utilizam o conhecimento do código, os modelos de design ou outro material de origem
para implementar e executar os testes.
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Ferramentas de caixa preta utilizam os casos de uso ou a descrição funcional do objetivo do teste.
Enquanto as ferramentas de caixa branca têm conhecimento de como o objetivo do teste processa o pedido, as ferramentas
de caixa preta utilizam as condições de entrada e saída para avaliar o teste.
Especialização
Além das amplas classificações de ferramentas apresentadas anteriormente, as ferramentas também podem ser classificadas
por especialização.
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Ferramentas de Registro e Reprodução combinam a aquisição de dados com medida dinâmica. Os dados de teste são
adquiridos durante o registro de eventos (conhecido como implementação de teste). Posteriormente, durante a
execução do teste, os dados são utilizados para reproduzir o script de teste que é utilizado para avaliar a
execução do objetivo do teste.
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Ferramentas de medição de qualidade são ferramentas de medida estática que executam uma análise estática dos
modelos de design ou do código fonte para estabelecer um conjunto de parâmetros que descrevem a qualidade do
objetivo do teste. Os parâmetros podem indicar confiabilidade, complexidade, capacidade de manutenção ou outras
medidas de qualidade.
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Ferramentas de monitoramento de cobertura indicam a conclusão do teste, identificando quanto do objetivo do teste
foi alcançado, em alguma dimensão, durante o teste. As classes comuns de cobertura incluem casos de uso (com base
em requisitos), ramificação ou nó lógicos (com base em código), estado dos dados e pontos de função.
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Geradores de caso de teste automatizam a geração dos dados de teste. Os geradores de caso de teste utilizam uma
especificação formal das entradas de dados do objetivo do teste ou dos modelos de design e do código fonte para
produzir dados de teste que testam as entradas nominais, entradas de erro e casos de limite.
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Ferramentas de comparação comparam os resultados de teste com os resultados de referência e identificam as
diferenças. Os comparadores são diferentes em sua especificidade para formatos de dados específicos. Por exemplo,
os comparadores podem ser baseados em pixels para comparar imagens de bitmap ou em objetos para comparar
propriedades ou dados do objeto.
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Extratores de dados fornecem entradas para casos de teste a partir de origens existentes, incluindo os bancos de
dados, fluxos de dados em um sistema de comunicação, relatórios ou modelos de design e código fonte.
Fonte: MDS, Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas - Ministério da Cultura, 2008.
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